quinta-feira, 26 de junho de 2008

Karma - Um estudo mais detalhado

O que voce entende por Karma ?

Nos já encarnamos neste mundo com um karma de outras encarnações ?

Como construímos nosso karma ?

É possivel nos livramos dele ?

5 comentários:

Caetano disse...

Se pensarmos bem sobre o carma, que segundo o dicionáro michaelis significa "lie de causa e efeito que opera tanto no plano físico como no moral", não tem sentido trazermos para esta vida consequencias de erros de encarnações anteriores. Uma vez que um nova encarnação assemelha-se a uma nova chance, ela só tem sentido se começarmos do zero. Assim o que trazemos para esta vida são nossas tendencias, defeitos de nossa personalidade que nos leva ao erro, e se não nos policiarmos muito vamos construir um novo carma, que é o resultado de nossas ações erradas ...

Anônimo disse...

Veja bem.
O carma sempre foi um assunto que por muito tempo vem me chamando a atenção, justamente por não entende-lo, ou talvez pela falta de informação, mas bem. Com essa idéia de que, não reencarnamos com a abrigação de vir e passarmos a vida toda por situações ja impostas, como personagens de um livro ja escrito, mas sim com tendencias, para nos policiar-mos pela vida toda, fica mais rica e bela o sentido da existencia do plano espiritual. E agora sim a vida e os erros passam a ter os verdadeiros sentidos no ensinamento e crescimeto, pois não mais podemos afagar os erros e nos esconder somente dizendo; ESSE É MEU CARMA...!

Anônimo disse...

Gente me perdoe heheh esse anonimo sou eu, é que estou aprendendo a mexer nesse trem aqui ... abraços

Caetano disse...

CONSIDERAÇÕES SOBRE O KARMA E SUAS CONSEQUENCIAS.



Conforme prega a lei de causa e efeito, tudo o que nos acontece hoje é fruto de nossas atitudes de ontem, conforme prega a máxima “a semeadura é opcional, mas a colheita obrigatória”, então construímos nosso futuro no dia a dia, segundo nossas atitudes. E é fato que nós sempre fazemos o melhor, conforme prega nosso Irmão, somos incapazes de decidirmos senão pelo melhor, porém esse ‘melhor’ é segundo a nossa visão, que por vezes pode estar deturpada por paixões de toda ordem ou por outros sentimentos como, preguiça, vaidade, orgulho, prazer e tantos outros abundantes em nosso mundo e que gozam de prestígio em nossa sociedade, sendo por vezes cultuados como valores da vida, então isso que é o nosso melhor revela-se um grande erro e que nos trará problemas, e certamente não estaremos preparados para tais problemas pois sempre fazemos o melhor, então porque temos problemas? Então mais uma vez erramos, via de regra aprofundando nosso desvio para o lado do erro e então, quando as conseqüência começam a ficar complicadas revoltamo-nos e desviando nossa conduta para um caminho passional, tentando desesperadamente convencer-nos de que estamos certos e que a vida e injusta conosco somos azarados, temos um karma que trazemos de outras encarnações. Ai é que entra nossa discussão, o karma não pode ser desculpa para os erros que cometemos durante a vida, estes erros vieram de decisões que tomamos, frente a situações que da vida, baseado em nossos valores individuais e nas qualidades morais que construímos em nosso ser, tais qualidades, que por vezes não são muito boas, podem nos levar a verdadeiras situações de tragédia, e o pior é que nossa decisão é a melhor e a moralmente mais recomendável que poderíamos tomar, então porque a vida nos ‘castiga’ complicando nossa situação, para tentar salvar a situação via de regra, a medida que os problemas se avolumam, mais tendemos a abrir mão de nosso valores morais, aqueles que são realmente bons e nos levariam ao caminho certo, pois estes quase sempre nos levam por um caminho mais longo para a solução dos problemas, isso quando não exigem que admitamos o erro e assim obrigando-nos a ferir nosso ‘amor próprio’ envergonhando-nos pelo erro. Assim aprofundamo-nos nos erro, agora já sabendo que não tomamos a decisão moralmente mais correta, mas ‘não tínhamos outra opção’, então caminhamos enterrando-nos cada vez mais em nosso erro em um caminho que ‘não tem volta’ em nossa opinião. Neste ponto quase que invariavelmente abandonar o caminho seria renunciar a posições sociais, financeiras, de poder ou outras alcançadas em nossa trajetória, isso então nos dá uma razão, nos da a ilusão de que nosso caminho é moralmente justificável afinal não nos resta outra opção decidimos sempre o melhor. Já estamos totalmente tomados pela situação que criamos e muitos sentimentos nos levam a manter-nos no erro.
Pensando em uma pessoa que esteja nesta situação e desencarne, veremos então suas situação pessoal piorar muito descambando para a revolta, desejando vingança, achando-se injustiçada e por ai afora. Pois então uma entidade assim desviada nunca poderia ser levada ao reencarne pois sua situação de desequilíbrio é incompatível com o equilíbrio necessário ao processo reencarnatório que ao que sabemos pode ser penoso. Então não resta outra opção senão esperar que a entidade desequilibrada depois de cansada encha-se de dúvidas e muitas vezes até de depressão, colocando em dúvida o valor da luta que trava, peça ou aceite o socorro de irmãos e então reflita sobre seus erros, pense, depure-se e entendendo o que o levou ao erro, entendendo que errou e o que deveria ter feito para acertar, aceitando a nova situação que se encontra, ache o equilibiro e então possa estar pronta para uma nova experiência terrestre, tentando desta vez vencer aquela tendência pessoal que o levou ao erro. Então existe a reencarnação do espírito sem um karma. Mas com uma carga de valores pessoais que trazem consigo tendências que ele terá que lutar para que não o leve a outro erro, mas ai será outro karma.

Caetano Fontes Beltran
01-07-2008

Anônimo disse...

Inicialmente quero deixar claro que o que escrevo é fruto de muito tempo de estudos, observação e análise sobre a vida, não quer dizer que seja verdade, mas é o que penso ser.

Nas últimas reuniões que tivemos, o assunto carma suscitou espantos e dúvidas sobre o que realmente seria.... Haja vista, tudo o que aprendemos desde a Lei de Talião (do latim Lex Talionis: lex: lei e talis: tal, parelho), também dita pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena ...) passando pelo o mal com o bem se paga... até hoje "O plantio é livre, mas a colheita é obrigatória...", isso é muito sedimentado em nossos pilares que nos balizam e nos norteiam sobre os valores da vida.
Quando nos deparamos com uma nova visão do antigo, normalmente rejeitamos de pronto, mas é preciso ter a mente aberta para entender o que está nos sendo informado, se é contrário ao que sabemos, se é diferente, se é parecido, se é aceitável, se está de acordo com outros preceitos... enfim, é melhor rejeitar 999 verdades do que aceitar uma só mentira, então temos que ser criteriosos com o novo.

Depois de muitas reflexões no grupo, penso que a novidade não é necessariamente nova, apenas uma nova forma de observa-la, tal qual os ensinamentos que são passados para a humanidade, de acordo com o grau de compreensão dos diversos momentos que passamos.

Numa visão mais ampla, devemos compreender a dor, o carma como instrumentos eficazes para nosso aprendizado, pois são delimitadores do "certo e errado", sinalizando o que devemos ou não pensar e agir. São nossos balizadores sobre o "bem e o mal" induzindo-nos inexoravelmente para a evolução, sem isso, não nos motivaríamos para a ascensão da eterna escada da evolução.
O ponto que pegou, é como se processa este mecanismo de ação e reação... quando pagamos pelos erros cometidos... nesta encarnação? na próxima? durante a erraticidade?... Ao meus sentidos quero acreditar que o processo é contínuo e não há nenhum momento ou oportunidade que a "vida" não execute o axioma tornando mais leve o fardo dos erros praticados quanto mais dispostos estivermos a carrega-lo. Após o desencarne, perdemos algumas prerrogativas do benefício da encarnação que é a facilidade de restituirmos a outrem o que tomamos deles, pois estamos nivelados pelo mesmo orbe, mesma faixa vibratória e desejos. Na espiritualidade as dimensões são outras e podem ser inconciliáveis, por isso a máxima de "reconciliarmo-nos com nossos inimigos enquanto em vida".
Na erraticidade, será muito mais doloroso, uma vez que aceitamos que não poderemos requisitar uma nova encarnação com fortes energias negativas advindas do passado, mas é bom observar aqui que, o carma que carregamos é fruto de nossas escolhas, as melhores que conseguimos fazer, então o desbaratamento destas energias que nos envolvem será sempre um processo penoso e de persistência. Quando conseguimos, necessariamente teremos um aprendizado de vida e galgado um degrau na escala evolutiva, pois são nossos erros e não os acertos que nos impulsionam para próximo nível.

Espero ter contribuído sobre o tema nesta fase inicial de discussão.

Gilson Barbiero